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Você tem interesse em fazer uma avaliação patrimonial (valuation) da sua empresa e quer ter uma ideia como dirigir um processo como esse? Aqui enumero uma série de dicas importantes para se ter conhecimento antes da decisão:
O valor de uma empresa é a soma de seus ativos tangíveis com seus ativos intangíveis. Ativos tangíveis são aqueles que podemos tocar, caixa, estoques, bens do ativo imobilizado, contas a receber e etc. Ativos intangíveis, assim como o próprio nome define, são bens que não podemos tocar, mas que têm seu valor, como o fundo de comércio, ou seja, o quanto aquele negócio coloca no bolso de seu acionista ou quanto gera de riqueza.
Partindo desse princípio, não há como se elaborar uma avaliação patrimonial (valuation) sem que se aplique um dos métodos oficiais de avaliação, métodos esses amplamente divulgados e defendidos por vários autores nacionais e internacionais, são eles:
Esse método é aplicável para empresas que possuem ativos de valores vultosos, por exemplo, máquinas, equipamentos, fornos, linhas de pintura, carros, carretas, prédios, terrenos e etc. O valor atual desses bens do ativo imobilizado são reavaliados e inseridos no patrimônio líquido da empresa, através de um balanço patrimonial especial (não se aplica a brands/marcas). Não significa que os ativos intangíveis não devam ser calculados, para se obter uma base de negociação.
Esse método se aplica em empresas cujos produtos e/ou serviços têm similares no mercado nacional e internacional. O range de múltiplos é definido pelas especificidades dos negócios e avaliado pela quantidade de EBITDA – Earn before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, dependendo da aplicação do negócio serve para avaliação de brands/marcas.
Esse método se aplica a qualquer tipo de empresa, inclusive Startups, pois depende de um Plano de Negócios Futuro, ou Planejamento Estratégico Plurianual. Não importa o tamanho, mas em determinados casos, de análises profundas do passado da organização. No que se aplica a Brands/Marcas é o mais utilizado, seja de uma gama de produtos, seja de apenas um produto da linha de negócios.
Esse método se aplica a empresas que tiveram suas atividades suspensas ou desativadas em um determinado momento e precisam ser avaliadas para uma dissolução parcial ou total com apuração de haveres. Esse método privilegia o passado da organização trazido a valor presente pelo custo médio ponderado do capital no tempo.
Quaisquer outras formas que não sejam estas acima, estarão sujeitas a exaustivas análises de mestres e doutores dessas áreas para que sejam aceitas e não questionadas, teórica e tecnicamente. Portanto, mesmo que sejam métodos híbridos, contemplando dois ou mais destes mencionados, ainda assim dependerão de arcabouço técnico suficiente para provar que o valor alcançado é correto e aceitável.
Esses métodos servem para avaliar qualquer tamanho de empresa, como um todo ou somente linha de produtos (também chamados brands), seja ela micro, pequena, média ou grande.
Baseando-se nas informações do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, a melhor forma de se avaliar o tamanho da sua empresa é através do faturamento e, por consequência, a quantidade de funcionários e o lugar que a mesma ocupa na economia da região onde está, por exemplo:
Micro empresa: Empresas cujo faturamento atinge até R$ 360.000 por ano, tendo ou não funcionários.
Pequena empresa: Empresas cujo faturamento está na faixa entre R$ 360.000 e R$ 4.800.000 por ano. Há uma pesquisa do SEBRAE que informa que essas empresas podem ter de 10 a 49 empregados, ou nenhum.
Média empresa: Empresas cujo faturamento está na faixa entre R$ 3.600.000 e R$ 300.000.000 por ano.
Grande empresa: Empresas cujo faturamento anual supera R$ 300.000.000 por ano.
Importante dizer que em uma avaliação patrimonial, o valor da sua empresa deverá ser amplamente defendido, e essa defesa depende de conhecimento teórico, conhecimento técnico e, tão importante quanto todos esses, o conhecimento prático do profissional na área de atuação.
O profissional que está preparado para fazer um trabalho de avaliação patrimonial é aquele que possui:
Que tenha formação acadêmica em economia ou administração e preferencialmente com pós graduação ou mestrado em finanças corporativas.
O profissional que tem o conhecimento teórico deverá ter, também, o conhecimento técnico dos métodos, já ter aplicado e defendido junto a compradores e/ou vendedores o resultado de seu trabalho.
Ser um profissional com experiência de pelo menos 25 anos de atuação no mercado financeiro e econômico, já ter vivido o ambiente de micros, pequenas, médias e grandes empresas em cargos análogos ao conhecimento exigido.
Não se engane, qualquer outro profissional que não tenha tais características não estará apto a elaborar e defender o resultado auferido. Isso poderá prejudicar a credibilidade do resultado e deixar o vendedor/comprador em uma situação bem desagradável.
O profissional que fará um trabalho como esse, com a qualidade técnica necessária e com a fidelidade aos processos, certamente não custará barato. Mas o preço final de uma avaliação patrimonial não está ligado tão somente ao profissional, mas também a outros fatores, como:
Se esse profissional está ligado a uma grande empresa, que possui um nome no mercado, do tipo Price, Ernst Young, KPMG, Deloite e outras, possivelmente você terá que investir o dobro, ou talvez o triplo pelo mesmo trabalho, porque estará pagando o peso do nome, a credibilidade que ele possui.
Não estou dizendo aqui que não vale o que cobram, ao contrário, estou afirmando que cobram pelo que valem efetivamente.
Um profissional como esse, independentemente da empresa na qual esteja ligado, terá que emitir um laudo técnico, baseado em estudos severos das informações colhidas nas empresas e premissas sólidas por trás de cada cálculo, portanto, sua assinatura nesse laudo técnico tem fé pública, pela responsabilidade técnica.
Pensem bem, vocês construiriam um prédio, não importa quantos andares teria, somente com o auxílio de um mestre de obras e alguns pedreiros? Sem as plantas de um arquiteto e os cálculos estruturais de um engenheiro? Pois é, estamos falando da mesma coisa, sem a necessidade de se guardarem as devidas proporções.
Por que você quer fazer uma avaliação patrimonial da sua empresa?
Para qualquer um desses motivos você precisará de uma avaliação patrimonial completa, assinada com responsabilidade técnica. Mas e para outros casos?
Para qualquer um desses motivos, ou outros aqui não elencados, talvez não seja necessária a emissão de um laudo técnico, com responsabilidade técnica, mas somente cálculos que possam embasar a sua curiosidade, ou um valor que te dê base para discutir sobre venda futura.
Nesse caso, também será necessário um profissional categorizado, mas o fato de não ter um laudo técnico, com a responsabilidade técnica, poderá fazer o investimento no trabalho estar mais adequado ao seu orçamento.
Veja o artigo original no Portal Migalhas – aqui.
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